ADUBAÇÃO FOLIAR INCREMENTA PRODUTIVIDADE DAS PASTAGENS

Utilizada junto à adubação de base, a adubação foliar ajuda quase triplicar a produção de matéria seca, com potencial de retornar R$ 70 mil em 100ha

 

A maior parte da carne bovina consumida no Brasil tem origem em animais criados principalmente em sistema de pastejo extensivo, onde o gado permanece em um grande campo aberto. Contudo existe o sistema de manejo intensivo, onde o animal permanece em confinamento. Esse tem sido o Às na manga do pecuarista brasileiro para gerar renda e ser mais competitivo no negócio.

Nos últimos 20 anos, muitos avanços têm sido registrados no melhoramento genético dos bovinos de corte e leite, mas pouco tem se investido na qualidade da pastagem. E quanto mais vigorosa ela se desenvolver melhor será a resposta dos animais em termos de produção.

Uma solução encontrada por pecuaristas mais atentos aos avanços tecnológicos têm sido a adubação foliar, cuja pesquisa científica comprovou eficácia mesmo no curto prazo, em apenas um ciclo produtivo.

A adubação de base busca corrigir a fertilidade do solo, quanto a possíveis carências de Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), que são os principais macronutrientes. Enquanto a adubação foliar procura compensar a deficiência de micronutrientes como Zinco (Zn), Manganês (Mn), Boro (B) e Molibidênio (Mo), embora sua necessidade seja em menor proporção, esses elementos são essenciais para o desenvolvimento da cultura.

“A forma de absorção dos nutrientes nos diferentes métodos de adubação é diferente. Se tratando de dois litros de fertilizante foliar que contenham 4% de N renderiam 80g do nutriente se for aplicado em um hectare enquanto 100 kg de ureia conforme sua classificação equivaleria a 45 kg de N dispostos no hectare. Fertilizantes sólidos disponibilizam nutrientes ao longo da safra, enquanto fertilizante líquido é rapidamente absorvido através do limbo foliar. Do ponto de vista químico é impossível substituir um método pelo outro”, adverte Leandro Martins Barbero, professor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).

O docente zootecnista que possui doutorado na área de Ciência Animal e Pastagens lidera o Grupo de Pesquisa em Forragicultura (GEPFOR) da UFU, que conduziu uma pesquisa inédita a qual objetivou estimular o crescimento de pastagem durante períodos de estiagem – algo que não aconteceria naturalmente – e que também melhorasse o rebrote após o pastejo do gado.

Quatro tratamentos comparativos foram testados: um de controle (sem aplicação de qualquer adubo), um com fertilizante sólido ureia (110kg/ha) em aplicação única; outro, também com aplicação única, mas que recebeu apenas 2l/ha de adubo foliar à base de óleo essencial de casca de laranja (ORO-GRASS), e um onde foi utilizado a associação de ureia (110kg/ha) e ORO-GRASS (2l/ha).

“A pastagem do tratamento controle apresentou o pior resultado, sendo completamente oposto ao tratamento associando ureia e adubação foliar que proporcionou maior produção de forrageira”, constatou Barbero. Segundo ele, o adubo foliar potencializou a absorção de N contido na ureia.

Tal fenômeno pode ser explicado pela lei do mínimo de Liebig, onde a deficiência de um ou mais nutrientes impede a absorção dos demais. No caso da pesquisa da UFU, mesmo com N suficiente, a produção de forragem estava sendo limitada pela carência de micronutrientes da pastagem.

A pastagem controle produziu somente 1,6 tonelada de matéria seca (MS) por hectare, já o tratamento com ORO-GRASS sozinho atingiu 2,4 toneladas e a associação Ureia + ORO-GRASS resultou quase 3,5 toneladas. Veja na figura.

A pesquisa também identificou efeito residual da aplicação dos produtos no rebrote da pastagem, após o pastejo dos animais, com o melhor desenvolvimento da planta, em especial o sistema radicular. O resultado foi a produção de 1 tonelada de MS no tratamento controle (sem adubação) e 1,6 tonelada no composto Ureia + ORO-GRASS.

CUSTO DA ADUBAÇÃO FOLIAR

Considerando o preço do produto somado à despesa operacional com aplicações, que envolvem herbicidas em todos os casos, tem-se a seguinte situação: o tratamento controle não teve investimento com adubação, a ureia custou R$ 183/ha, ORO-GRASS R$ 80/ha e ureia + ORO-GRASS R$ 263/ha. De acordo com informações do professor da UFU, a receita bruta em cada um deles foi, respectivamente de R$ 931,50, R$ 1.375,81, R$ 1.230,61 e R$ 1.701,02/ha.

Para ser mais exato, ao considerar a receita bruta subtraída daqueles custos com aplicações, cada uma das pastagens gerou os seguintes resultados: R$ 846,02/ha no tratamento controle, R$ 1.107,33/ha no tratamento com ureia, R$ 1.065,13/ha no tratamento com ORO-GRASS e R$ 1.352,54/ha no tratamento Ureia + ORO-GRASS.

Uma propriedade com pastagem de 100 ha que deixa de investir em tecnologia, abre mão de ganhos na ordem de R$ 40.485,00 (ureia), R$ 27.383,00 (ORO-GRASS) ou R$ 70.179,00 (ureia + ORO-GRASS).

“Esses números da pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia comprovam que o adubo foliar se paga e retorna margens interessantes. O investimento apenas no adubo foliar à base do óleo essencial da casca de laranja já devolveu um bom dinheiro e quando associado com ureia atingiu um lucro ainda maior”, comprova Ricardo Frugis, representante comercial da Área de Pastagem da ORO AGRI BRASIL.

COMO E QUANDO FAZER ADUBAÇÃO FOLIAR

A adubação foliar é o processo de aplicação de nutrientes líquidos nas folhas através da pulverização. Essa pode ser realizada de forma tratorizada, aérea ou com pulverizadores costais e, segundo Barbero, para se obter maior eficiência, deve ocorrer nas horas mais frescas do dia. Nunca se deve adubar com pasto sob estresse hídrico. Vale lembrar também a adubação foliar não exclui a necessidade da adubação de base, que ocorre no solo.

Se em pastejo contínuo, o adubo foliar pode ser pulverizado a qualquer momento, desde que respeitadas as condições anteriores. No caso de pastejo rotativo, é necessário aguardar alguns dias para rebrote do capim. De forma prática, para forragens do gênero Brachiaria, considera-se o rebrote com altura de 5 cm das folhas jovens e 10 cm para o gênero Panicum.

As aplicações em diferentes períodos em virtude do tipo de manejo do rebanho estão relacionadas diretamente com a capacidade da planta absorver nutrientes pelas folhas. No manejo extensivo, o gado possuí grande área para se alimentar consumindo pequenas porções em diferentes pontos. Já o manejo bovino que envolve confinamento e delimitação de área, como é o caso do pastejo rotacionado, o gado irá se alimentar em uma área menor, reduzindo igualmente a quantidade de pasto, como resultado haverá pouca folha disponível para absorver nutrientes, caso seja aplicado fertilizante foliar.

De forma geral, uma maneira vantajosa de utilizar fertilizantes foliares pode ser associando-os aos herbicidas. Ademais, nos mais variados manejos de pastagens, a aplicação pode ser feita após as adubações de base com N, P e K, com o objetivo de potencializar o desenvolvimento da planta.

Dentre as principais vantagens do adubo foliar ORO-GRASS, além de nutrir a planta e proporcionar um sistema radicular mais vigoroso, está a altíssima eficiência na absorção. Os nutrientes são rapidamente assimilados, translocados e aproveitados pelas plantas. Por este motivo, chuvas que ocorrem 15 minutos após a aplicação não prejudicam a eficiência do produto.

ORO AGRI NO BRASIL

Iniciando atividades em 2002 e presente no Brasil desde 2008, Oro Agri é o acrônimo de Orange Oil for Agriculture ou Óleo de Laranja para Agricultura, em português. Com várias fábricas no mundo e operações estabelecidas nos Estados Unidos, Europa, Ásia, África e Oceania, a companhia detém a patente mundial do uso do óleo essencial da casca de laranja na agricultura e pecuária.

Nos demais países, o foco da empresa está basicamente na fruticultura, já no Brasil os maiores mercados são as culturas de soja, milho, algodão e pastagem. A fábrica brasileira fica em Arapongas (PR) e gera mais de 100 empregos diretos. “Com 10% de um mercado bastante pulverizado, a Oro Agri lidera as vendas de surfactantes no País”, informa Luís Carlos Cavalcante, gerente geral da ORO AGRI na América do Sul.

Pesquise mais sobre a ORO AGRI clicando aqui ou acesse http://www.oroagri.com.br.

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